segunda-feira, 11 de maio de 2009

CPI é inevitável, diz Marcon

O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputado Dionilso Marcon (PT) entende que não resta mais alternativa ao Parlamento a não ser ao de aceitar a abertura de pedido de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção contra o governo Yeda Crusius (PSDB).
Marcon lembra que foi a operação Rodin, da Policia Federal, que desbaratou a quadrilha que desviava recursos públicos do Detran. A quadrilha era formada por gente importante no meio político e tinha vínculo direto com membros do governo Yeda. A operação também gerou outras linhas de investigação, desvendando várias outras “falcatruas” envolvendo fraude na licitação da merenda escolar e na construção de estradas no município de Canoas, na gestão do PSDB. O deputado informa que do início do governo Yeda até hoje já foram substituídos 46 pessoas do primeiro e do segundo escalão do governo. Parte das substituições dos agentes políticos foi por atos de corrupção ou afastados por denuncia de envolvimento com graves irregularidades e desvios de recursos públicos.
Para o deputado Marcon as denuncias de utilização de corrupção no governo Yeda será apenas uma das linhas de investigação, pois há suspeitas de irregularidades e de corrupção em várias frentes. Uma dessas é a recente substituição da diretora do Detran, delegada Estella Maris Simon, que pediu exoneração. Em solidariedade, o diretor-técnico do Detran, Ildo Mário Szinvelski, e o diretor administrativo e financeiro, Helidomar Burity Borba, entregaram seus cargos.
Outro fato que intriga os parlamentares é a participação do secretário da Transparência e promotor de justiça, Otaviano Brenner de Moraes. O secretário passou por cima da direção do Detran e acatou diretamente, em nome da governadora, uma suposta dívida com a empresa Atento que cobra uma suposta dívida de R$ 16 milhões. O procurador-chefe do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino recomendou uma ação cautelar suspendendo qualquer pagamento até que se apure se a dívida realmente existe e se o Estado é responsável por ela. Segundo Marcon esse não era o papel de um secretário de transparência, mas sim da direção do Detran, que pediu para sair, pois estava sem sustentação política para corrigir os graves problemas do Detran. Além da segunda demissão na presidência do Detran soma-se a isso à saída do ex-secretário da Segurança Enio Bacci, da ex-secretária da Transparência Mercedes Rodrigues e do ex-ouvidor da Segurança Pública Adão Paiani.
A bancada petista reúne-se hoje (11) com a direção da OAB/RS e também com deputados do PSB, do PCdoB e do PDT para garantir as 19 assinaturas necessárias para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Fonte: Assessoria do Mandato Deputado Marcon

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